dimanche 17 décembre 2023

Cartão de Cidadão - Pierre Aderne e Moacyr Luz

Es un gusto cantar en casa el lanzamiento de Cartão de Cidadão de mi querido Pierre Aderne.
A título personal, querido Pierre, permíteme que dedique tu oración a toda/os la/os migrantes, a toda/os la/os refugiada/os. 

Detesto las franquicias, me gusta Babel. Entono tu oración con mi maldición al Occidente colonial y neocolonial, supremacista  y racista, al Occidente de la guerra, la depredación, las fronteras y los muros, a ese Occidente que no para de envilecerlo todo, de arruinarlo todo, que convierte nuestra existencia en perpetua resistencia... demonizada.


 

“O meu coração bate em português” O ADN do meu coração tem muitas nacionalidades. O ADN do meu coração não tem nacionalidade nenhuma. Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde são povos de migrantes, habituados à troca de fluídos culturais. A nossa identidade, a nossa história comum é feita de tolerância e abertura aos outros. Todo aquele que ergue muros e fecha fronteiras é um traidor da pátria a tentar liquidar a sua própria família. A minha identidade não é um papel emitido por um serviço burocrático. A minha identidade é feita de afetos. E o meu coração bate em português.

Direção: Pierre Aderne.
Fotografia: Leonor Patrocínio, Jason Mendes.
Montagem: Gabi Paschoal. Edt. mix e masterização: Carlos Fuchs

Participação especial artistas brasileiros residentes em Portugal: Nilson Dourado, Walter Areia (contrabaixo), Maia Balduz, Rua Das Pretas, Maria Emília, Adriano Siri, Álvaro Lancelotti (Fino Coletivo / Roda De Santo), Valéria Lobão.
Participação especial Carlos Chaves (cavaquinho e violão sete cordas), Rafa Barros (Pandeiro, Tambores), Júnior Oliveira (Agogo), Pedro Luís.
Participação especial no filme Carolina Brito (Carol Do Acarajé), Daniela Amorim.
Fotos divulgação: Daryan Dornelles.
Agradecimentos: José Domingos, Museu Arqueológico Do Carmo, Manuel Halpern. Gravado e filmado em Lisboa. Estúdio Namouche. Museu Arqueológico Do Carmo.
Ofereço este filme ao meu saudoso amigo Narciso, imigrante português, proprietário do icônico boteco Jobi fundado por seu pai, Sr Adelino, no Rio De Janeiro em 1956. Dedico a toda a comunidade migrante brasileira e africana de Portugal.


LETRA

Oiateté, oiateté aiabá
Oiateté omol, oia oiateté aiabá (bis)

Dideo, diba diba diba dibadê araiá
Dideo, diba diba diba dibada (bis)

Meu trisavô veio de Angola
Tataravó tupiniquim
A bisavó foi portuguesa
Levada pela correnteza
Meu avô lá, do Benim
Tia avó olhos azuis
De cabelo pixaim
Foram viver lá para o Mindelo
No trançado do cabelo
Por isso canto de mansinho.

Minha mãe foi brasileira
No candomblé cuidou de mim
No caruru e na cachupa
Pastel de nata e xinxim
Se me pergunta o inglês
De onde vim, de onde sou
Logo respondo em francês
em São Tomé não há burguês
Digo sou filho de Xangó

Canto
Em crioulo e português
Sou tupi, sou guarani
Essa lida é uma só, freguês
Vou,
Vou cantar mais uma vez
Se eu falo português
Minha terra é aqui

Batuco
Canto o ponto em iorubá
No dendê do acarajé
Nas pontas do meu Orixá
Vou
No agogô do Ijexá
Minha terra é meu Axé
Meu português é de adoçar
Dideo, diba diba diba dibadê araiá
Dideo, diba diba diba dibada (bis)

Canto
Em crioulo e português
Sou tupi, sou guarani
Essa língua é uma só, freguês
Vou,
Vou cantar mais uma vez
Se eu falo português
Minha terra é aqui

Batuco
Canto ponto em iorubá
No dendê do acarajé
Nas contas do meu Orixá
Vou
No agogô do Ijexá
Minha terra é meu Axé
Meu português é de adoçar

Minha terra é meu Axé
Meu português é de adoçar
Minha terra é meu Axé
Meu português é de adoçar

Dideo, diba diba diba dibadê araiá
Dideo, diba diba diba dibadá (bis)